Recuperação de Gravações de DVR Intelbras e Hikvision

Resposta: Não necessariamente. O termo "queimou" é genérico. Muitas vezes, a falha é na placa lógica do HD, e em nosso laboratório conseguimos reparar a eletrônica ou transplantar componentes para ter acesso aos dados. O que é "sem conserto" para um técnico de CFTV, muitas vezes é recuperável para um engenheiro de dados.

Resposta: Apenas o disco rígido (HD) é suficiente para realizarmos a recuperação completa das imagens em nosso laboratório.

Resposta: Depende. Se o DVR ou DVR gravou novas imagens sobre as antigas, os dados originais foram fisicamente sobrescritos e a recuperação desses trechos específicos se torna impossível. No entanto, muitas vezes o sistema não sobrescreve o disco de forma linear, e ainda existem "espaços" com as gravações antigas que podem ser recuperados.

Resposta: Sim. Nosso processo de recuperação forense foca em reconstruir não apenas o vídeo, mas também os metadados associados a ele, o que inclui a data e a hora exatas da gravação, informações que são cruciais para a validade das imagens.

Devido à natureza proprietária do DHFS, a recuperação exige ferramentas e técnicas forenses específicas. Nosso processo na E-RECOVERY segue estes passos:

Clonagem Segura:

O primeiro passo é sempre criar uma cópia exata (clone bit-a-bit) do seu HD utilizando um bloqueador de escrita (write-blocker). Isso garante que o disco original permaneça intocado e seguro, e todo o trabalho de recuperação é feito na cópia.

Análise da Estrutura DHFS:

Utilizamos softwares forenses avançados que são capazes de interpretar a arquitetura do DHFS. Essas ferramentas nos permitem identificar como os vídeos foram gravados, onde os índices de data e hora estão localizados e quais blocos de dados pertencem a cada câmera e período.

Extração de Baixo Nível (Data Carving):

Mesmo que o índice do sistema de arquivos esteja corrompido ou as imagens tenham sido "deletadas", os dados brutos do vídeo geralmente ainda residem nos platters do disco. Nossas ferramentas realizam uma varredura profunda para "esculpir" (carve) esses blocos de vídeo diretamente do clone.

Remontagem e Conversão:

Os blocos de dados extraídos são então remontados para reconstruir os fluxos de vídeo. Como o formato nativo é proprietário (geralmente .DAV), nós finalizamos o processo convertendo os vídeos recuperados para um formato universal, como .MP4 ou .AVI, para que você possa assisti-los em qualquer computador.

Resposta: Este é o cenário mais desafiador. Se o DVR ou NVR, por falta de espaço, gravou novas imagens "por cima" das antigas, os dados originais foram fisicamente substituídos e a recuperação desses trechos específicos se torna impossível. No entanto, o sistema nem sempre sobrescreve o disco de forma linear. Em nossa análise forense, conseguimos identificar e recuperar fragmentos de vídeos antigos que ainda não foram totalmente sobrescreritos.

Sim, é perfeitamente possível recuperar imagens de vídeos de um HD com sistema de arquivos DHFS de um DVR ou NVR da Intelbras. No entanto, é um processo altamente especializado que difere drasticamente da recuperação de dados de um computador convencional.

O Principal Desafio: O Sistema de Arquivos DHFS

O ponto mais crítico da sua pergunta é o DHFS (Dahua File System). A Intelbras, em muitos de seus gravadores, utiliza tecnologia da Dahua, incluindo seu sistema de arquivos proprietário.

O que isso significa?

O DHFS não é um sistema de arquivos padrão como NTFS (Windows), APFS (Mac) ou EXT4 (Linux). Ele foi projetado especificamente para a gravação contínua de vídeo, otimizando a forma como os blocos de dados de imagem são escritos e gerenciados no disco.

Por que é um problema?

Softwares de recuperação de dados comuns (como Recuva, EaseUS, etc.) não reconhecem essa estrutura. Ao conectar um HD com DHFS a um computador Windows, por exemplo, o sistema operacional não conseguirá ler o disco e irá sugerir a formatação. Se isso for feito, a chance de recuperação diminui drasticamente.