Recuperar RAID – O Guia Definitivo para Administrador de TI
Introdução
As luzes vermelhas piscando no painel do servidor. O volume de rede que subitamente fica inacessível. Um telefonema desesperado do CEO. Para um profissional de TI, poucos cenários são tão alarmantes quanto a falha de um sistema RAID. É nesses momentos que anos de dados críticos, bancos de dados e toda a operação de uma empresa ficam em risco.
Se você chegou até aqui, provavelmente está enfrentando essa situação agora. A boa notícia é que, na grande maioria dos casos, os dados são recuperáveis. A má notícia é que uma ação errada pode tornar a recuperação impossível.
Este não é um guia “faça você mesmo”, mas sim um manual de primeiros socorros técnicos. O nosso objetivo é te dar o conhecimento necessário para estabilizar a situação, evitar danos permanentes e entender como funciona o processo profissional para recuperar o seu RAID com a máxima segurança.
Entendendo a Catástrofe: As Causas Mais Comuns de Falha em um RAID
Um sistema RAID é projetado para redundância, não para ser infalível. Entender a causa da falha é o primeiro passo para a solução. As mais comuns são:
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Falha de Múltiplos Discos: Um RAID 5 sobrevive à perda de um disco, mas se um segundo HD falhar durante o demorado processo de rebuild, todo o array é perdido.
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Falha da Controladora RAID: O “cérebro” do sistema pode queimar ou sofrer uma falha lógica, tornando o arranjo de discos incompreensível para o servidor, mesmo que os HDs estejam perfeitos.
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Rebuild Corrompido ou Interrompido: Iniciar um rebuild com um disco incorreto, uma queda de energia durante o processo ou usar um HD de substituição incompatível pode corromper toda a estrutura de paridade.
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Erro Humano: Reconfiguração acidental do RAID na BIOS da controladora, formatação do volume errado ou exclusão de uma máquina virtual são mais comuns do que se imagina.
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Corrupção do Sistema de Arquivos: Falhas de software, picos de energia ou desligamentos incorretos podem danificar a estrutura lógica do sistema de arquivos (NTFS, EXT4, XFS, VMFS) que reside sobre o RAID.
Diagnóstico Imediato: O Que Fazer (e o Que NÃO Fazer) AGORA
Suas ações nos próximos minutos são decisivas.
O QUE NÃO FAZER (LISTA CRÍTICA):
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NÃO Inicie um Rebuild: Se o RAID está offline ou degradado, nunca inicie um processo de rebuild sem ter 100% de certeza de que todos os outros discos estão perfeitamente saudáveis e que você possui um backup validado. Um rebuild força uma leitura intensiva dos discos restantes, o que pode causar a falha de um segundo HD que já estava no seu limite.
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NÃO Troque a Ordem dos Discos: A ordem dos HDs no array é fundamental. Removê-los e reinseri-los em posições diferentes pode destruir a lógica do RAID. Se precisar remover, ETIQUETE CADA DISCO COM SUA POSIÇÃO EXATA (ex: Disco 0, Disco 1, etc.).
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NÃO Use Ferramentas de Reparo (CHKDSK / FSCK): Rodar utilitários de verificação de disco em um array RAID corrompido é extremamente perigoso. Essas ferramentas não foram projetadas para entender a lógica de paridade do RAID e podem interpretar a estrutura como corrompida, “corrigindo-a” de forma destrutiva e permanente.
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NÃO Force um Disco Offline a Ficar Online: Se a controladora marcou um disco como “offline” ou “failed”, há um motivo. Forçá-lo a voltar ao array pode introduzir dados corrompidos e destruir a paridade, tornando a recuperação muito mais complexa.
O QUE FAZER:
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Mantenha a Calma e Desligue o Servidor: Se o sistema operacional não está mais acessível, desligue o equipamento de forma segura para evitar mais danos.
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Documente Tudo: Anote a marca e modelo do servidor/storage, da controladora RAID, o número de discos, o nível de RAID (5, 6, 10?) e a sequência exata de eventos que levaram à falha.
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Contate Especialistas: A recuperação de dados de RAID é um dos procedimentos mais complexos que existem. A chance de sucesso em uma primeira tentativa profissional é altíssima. Após tentativas de reparo mal sucedidas, essa chance cai drasticamente.
O Processo Profissional de Recuperação de RAID
Quando um servidor RAID chega ao laboratório da E-Recovery, seguimos um protocolo rigoroso para garantir a segurança e a eficácia:
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Clonagem Setor-a-Setor: NUNCA trabalhamos nos seus discos originais. O primeiro passo é criar imagens forenses perfeitas (clones) de cada HD em nosso sistema. Seus discos originais são guardados em segurança.
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Análise dos Parâmetros do RAID: Nossos engenheiros analisam os clones para determinar os parâmetros exatos do seu array: a ordem dos discos, o tamanho do bloco (block size), o algoritmo de paridade e a rotação.
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Remontagem Virtual do Array: Com os parâmetros corretos, usamos softwares especializados para emular sua controladora e reconstruir o RAID em um ambiente virtual. Isso nos dá acesso à estrutura lógica do volume.
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Extração e Validação dos Dados: Uma vez que o volume está montado, navegamos pela estrutura de pastas e extraímos seus arquivos. Realizamos testes de integridade nos arquivos mais importantes (bancos de dados, máquinas virtuais, etc.) para garantir que a recuperação foi bem-sucedida.
Este processo complexo é a nossa especialidade. Ele garante a recuperação segura dos seus dados sem colocar os discos originais em risco. Se você precisa de ajuda, conheça mais sobre nosso https://www.e-recovery.com.br/recuperar-raid/“>serviço de recuperação de RAID.
Quando é Hora de Chamar um Especialista?
Se você se deparou com qualquer um dos cenários abaixo, não hesite:
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Mais de um disco está marcado como “Failed” ou “Offline”.
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O processo de rebuild do RAID falhou ou travou.
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O volume não é mais reconhecido pelo sistema após uma queda de energia ou reinicialização.
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Você não tem 100% de certeza da ordem dos discos.
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Os dados são críticos para a operação da sua empresa.
Nessas horas, a experiência faz toda a diferença.
Não deixe que uma falha de hardware se transforme em uma perda de dados permanente. Fale com um especialista da E-Recovery agora e solicite uma avaliação gratuita do seu caso.